sábado, 19 de junho de 2010

Inverno




Eu também te amo. Não consigo dizer em voz alta. Você sabe como é difícil para mim baixar a guarda. Quando você me beija e aperta meu cabelo, me trazendo para perto eu me perco e já não me restam dúvidas. Quando você diz que me quer, precisa de mim, eu desisto de duvidar, mas fico sem palavras para te responder. Depois, sozinha, meu lado calculista faz surgir dúvidas em uma mente confusa e vulnerável. Já não tenho tanta certeza ai.
Não sei se você sabe que sou sua, que penso em você todo o tempo, que sua falta é um veneno que corrói. Não sei se você sabe que eu corro para atender qualquer ligação na esperança de que seja você. Já te disse que tenho três desejos. O terceiro desejo é que isso seja real, que você realmente me queira e que tudo o que é dito pela sua boca seja verdade.
Eu ergo muros ao meu redor para que as pessoas não me julguem. Sempre tento me colocar em uma posição que não me afete, para que não seja machucada independente do desfecho de tudo. Por isso não consigo dizer “te amo” ou “ confio em você”. Acho que já confio, mas não admito. E acho que não vou admitir tão cedo.
Porém, você vem se infiltrando por minhas barreiras, pouco a pouco chegando onde a minha alma está. Tenho medo do momento em que você alcançar o núcleo do meu casulo. Sei que a hora está próxima mas não consigo fazer nada para impedir. Ou não quero fazer nada, talvez, já que você vem de uma forma suave e agressiva que me deixa sem reação.
Tenho tantas dúvidas. Como eu mesma já comentei, tudo aconteceu rápido demais para o tamanho da saudade que sinto por você e que sua boca mais uma vez afirma sentir por mim. Mas há algo que não consigo admitir nem pra mim mesma é que quero você. Quero que você me envolva em um de seus agressivos e singelos abraços e me beije de novo.

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