
Eu sou um casulo negro que não tem certeza se o que guarda dentro de si é bom ou ruim, mas espera. O certo é que há muito mais nos confins de mim do que é possível e visível aos olhos. Estes 90% de inconstâncias submersas assustam com sua horripilância ou beleza.
Sou contida numa caixa de pandoras alaranjadas que, de quando em vez, transborda suas infinidades e névoas. Esperam o dia em que algo ou alguém, sem medo de queimar-se, venha libertar estes segredos pouco conhecidos por mim mesma.
Pois, no fim de tudo, é isso o que sou. Sou fogo vermelho e incandescente, coberto por uma camada de gelo inquebrável e quase inderretível. Quase.
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