domingo, 20 de junho de 2010

1995

Eu nasci no mês certo, mas o ano estava errado. Tinha muitas chances certas de nascer no passado e uma chance estranha de nascer no futuro. Mas o fato é que nasci quando nasci, nesta época tão sem razão, cheia de falsos, falsas intenções e falsos motivos, ainda...

Vejo e sinto plenitude em diversos figurinos e tempos. Climas, sóis e chuvas, gramados verdes ou becos escuros e chuvosos. Imagino. Mas ainda estou presa neste agora, onde me recarrego em momentos curtos de reflexo da vida que lembro, mas nunca tive. E a verdade é esta: Sinto saudades de momentos que nunca vivi, apartando meu peito por quandos que não me pertencem, mas são meus por direito renegado.

Ouço essas palavras, elas fluem por minha mente e saem pelos lábios da guerra, que, sentimentos e dor, narra minha alma com explosões e voz de professor. Fala-me e adormece-me com histórias deste tempo que abriga hipócritas, cínicos e demagogos sem perder seu normal ou sua suposta moral. Mas já está perdida há tempos... Tanto uma quanto outra. Tão perdidas quanto meu desejo, quanto sonhos da infância e quanto os dias que vivi nos quandos ilegais da minha caixa de música.


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