quinta-feira, 28 de abril de 2016

13/01/2016

Olhe-se no espelho como se ele fosse uma janela e aquela pessoa na sua frente fosse uma bela mulher desconhecida te encarando. Ela sorri pra você. Os músculos contraindo-se em bela descontração. Você também sorri. Talvez ela tenha espinhas, olheiras ou um nariz comprido, mas você não percebe. Seu juízo não exerce a crueldade obstinada de marcar com caneta vermelha cada ponto onde deve entrar o photoshop.
A mulher, altiva, te olha nos olhos e te submerge na harmonia própria dos seus traços, únicos, desconsertantes. Não te olha com pena, mas com uma admiração observadora, plácida.
Ela pode te amar se você der espaço, se não criticar as marcas que o tempo lhe deu ou as linhas que o DNA desenhou na sua face, no seu corpo.

Mantra. Repetir até acreditar.

3 comentários: