Hoje acordei de um sonho doce. A quase não existência me parecia tão suave que a tomada de consciência da realidade caiu áspera, impiedosa, rascando o veludo celeste e onírico onde os olhos descansam.
Passei o dia com o sentimento do arrependimento prévio e do vazio póstumo. Era sexta-feira! Onde estava Exú para me esquentar a carne e fazer a gira girar? Me arrisquei, sabe? Botei a cara na chuva, no vento... Meu melhor batom cor de vinho cobria os lábios.
Mas não tem jeito. Quando você sabe que não é seu dia... E você sabe! Não importa a vontade, não importa o batom. Quando você sabe, sabe, e não tem badalada da meia noite que transforme a abóbora em carruagem.
Pusiste o Yves Saint Laurent, rico olor a flor, e para que? Para adocicar o cheiro podrido das suas veias? Mas a casa cheirava mal, mulher! E ele também... Não tinha o que fazer... Aguentaste o quanto tanto que podias. Mas não é que da um dóóóóó.
Pelo dia, pelas pessoas que chegam justo quando você está saindo, pelo perfume, pelo batom... Pela paja de ir e voltar! Mas enfim. Se hoje é sexta, então amanhã é sábado e a semana é uma criança. Que a noite de hoje abra os caminhos da alegria e da festa para amanhã.
adorando a mistura de los idiomas! <3
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