Será que é você quem vai arrancar novamente um calafrio de ansiedade? Em meio a tantas cores pastéis, tons de salmon e texturas vazias vou sentir de novo o granulado laranja que fará disparar o pulso e e obrigar a levantar vôo as borboletas cor de cobre que moram no meu estômago? Elas andam pousadas, morgadas, até, tão entediadas quanto eu ao olhar em volta.
Não faço nem questão da insanidade que por vezes vem de brinde. Dispenso, no momento, a energia suicida, desvairada, que me carrega e até morro afogada qualquer dia desses. Nah, não faz falta, não agora. Reconheço a importância, talvez até certa função fisiológica, mas não aqui, não agora, não comigo. Tô de boa.
Já uma tirinha um pouco maior que essas de três quadrinhos, não dispenso. Mas e você? Tá pra mais... Tá pra menos...? Será que sua xícara tem o exato tamanho pra minha quantidade de açúcar? Quem sabe a gente está no mesmo Violinista Verde, com todos os ingredientes e as medidas exatas para uma larica inesquecível, uma larica compartilhada...
Só por diversão mais intensa; um riso um pouco mais sincero diante de uma piada um pouco menos sem graça. Nada de alianças de ouro. Afinal, pra que tantos anéis se só temos dez dedos e um punhado de anos nas mãos? Para bom mergulhador é possível explorar diversas profundidades sem precisar de ship nem relationship.
Faça-me o favor singelo de ler minhas palavras como quem lê a carta de um naufrago entediado e cheio de vontade de explorar os mares. Decifre meus olhares (futuros) como quem olha pela lente de uma câmera tentando ver a foto. Por fim, por obséquio e por mim, leia meu corpo como um cego lê Braile... Mas com mais vontade.
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