domingo, 12 de julho de 2015

Só mesmo pelo literário - 19/06/15

Porra, moleque! Que decepção.
Achei que talvez você fosse, iria. É o fardo do ser sonhadora demais... Fadada às frustrações intrínsecas ao processo.
Será que talvez você um dia se atira no escuro tão fundo quanto eu? É que existem muitos tons de preto, de negro, de escuro.  Achei que talvez você chegasse a um deles, mas seu corpo leve e jovial apenas arranhou a vítrea superfície do bizarro, que é tudo o que faz sentido. 
Porra moleque, achei que você tinha sentido. 
Sua voz falha em falsete no não. Achei que era biológico, mas talvez seja de vivência. Seu silêncio pleno, achei que era reflexão. Talvez os dois, talvez só dormir. Talvez seja falta do que dizer, do que pensar. 
Porra, moleque, imaginei um leve ressoar... 
Da sua voz falando uma qualquer coisa, da sua boca estalando; você nunca me beija, não adianta fingir. E  quando tentou, ai, eu bem percebi. Forçado, vagaba, bem "disgraçado".
Só queria mesmo que eu fosse embora. Pra onde? Bem, qualquer lugar que lhe fosse distante e imaginariamente confortável. Pra que se sentisse melhor, digníssimo, triste. Agoniado.
Porra moleque, você já não sabe? 
A bad é eterna, concreta, está aí, moça. Eu tô e o caio acompanha meu fardo. Ah, pequeno parvo, moleque, menino. Já não sabe a magnitude do desatino? Chega ao ponto em que pensar só faz borbulhar e fumaçar as viscosidades da cabeça confusa, triturada.
Porra, crianca, moço..............
Curumim. Desisto de me fazer entender, ao menos assim. Fico sempre na beira do entendimento e da boa vontade e ao mesmo tempo em que estou tão cansada do "insisto"...
Tu vens, tu vens.... E é uma sombra projetada na esquina. Embora seja já certo, não desisto. Preciso de mais horas no dia. Às vezes minuto algum. Queria estar num outro mundo, planeta - como Júpiter ou Saturno - mas já estou nos seus sinais.

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