sábado, 7 de janeiro de 2012

Como a Daenerys

Posso chamar-te de “meu sol-e-estrelas”? Mesmo que não seja amor, mesmo que acabe depois. Sinto sua falta, menino dos olhos de mar, perdão, homem. Homem dos cabelos de cobre.
Nunca sei com certeza se você não diz. Vejo em seus olhos, sim, sinto em seu toque, mas aquela parte de mim sempre há de se sentir estúpida e ludibriada enquanto não há palavras. Sempre tenho medo de ir longe demais e te queimar, mas tudo o que eu quero é derreter esse leve gelo que te encobre com o calor do meu sangue.
E a minha frieza? Estilhaçou-se com cada um dos seus sorrisos, singelos sorrisos de menino-homem. Espero recuperá-la ao menos um pouco nestes tempos que passo no gélido ar aqui de fora. Sabe-se lá quando não vou precisar de todos os cacos que conseguir recolher, afinal, foi essa muralha que sempre me protegeu dos cortes mais fundos.
Vejo-a também em você e espero que, como a minha, esconda um interior quentinho e secreto. Mas não posso saber, nunca tenho 100% de certeza, nunca pude olhar dentro dos seus olhos naqueles momentos. No entanto, eu acredito que lá esteja, como uma sala de estar com lareira e estantes de livros, no meio da tempestade de neve.
Então me deixa te conhecer e ler seus livros. Chama-me de “lua da sua vida”, melhor ainda do que fez o Khal a Daenerys. Saiba que eu amo o frio, mas que entre mim e você quero só aquela sensação (por falta de outro nome).
O frio que fique em volta.

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