quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tinta de Verdade

 Dias que ainda estão or chegar escorrem pelas minhas mãos, sem controle. Eu olho para o mundo lá fora e me pergunto por que tudo parecetão difícil. Cada vez mais a idéia de autoinduzir uma síndrome de Lock In  invade a minha mente.
 Então eu fugí para as montanhas antes que elas queimassem e minha pele se enrugou como a da minha velha alma. Mas não me importei. Eu achei ue poderia trancar a porta que levava ao mundo e hibernar até o fim dos tempos.
 Mas as coisas estavam diferentes. Eu via todos aqueles rosos ao fechar os olhos e ouvia suas adoradas vozes chamarem pelo meu nome. E seus adorados sorrisos brilhando no escuro daquele crepúsculo boreal, enfurnado num quarto de inverno.
Me enterrei nos lenois afim de me proteger daquela sombra duvidosa que visitou o quarto de madrugada. Minha garganta griou de sede e eu me ví sufocada e paralisada por todas aquelas mechas negras, morenas, alouradas e atéas ruivas. Até as chamas me faziam falta.
 Já havia se passado o momento de respirar. Já se esgotara o tempo de retiro e a necessidade vinha desesperadora dessa vez. Parecia-me que a cada segundo que eu passava deitada era maisum quilômetro de distanciação daquilo que me é tão impotante e vital.
Também era chegada a hora de retomar os fatos e lavar a roupa suja com meu anjo caído. Afinal, essa dor toda era mais forte que o calor. Era e é saudade de meus tão caros  amigos.

 

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