quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tinta de Verdade

 Dias que ainda estão or chegar escorrem pelas minhas mãos, sem controle. Eu olho para o mundo lá fora e me pergunto por que tudo parecetão difícil. Cada vez mais a idéia de autoinduzir uma síndrome de Lock In  invade a minha mente.
 Então eu fugí para as montanhas antes que elas queimassem e minha pele se enrugou como a da minha velha alma. Mas não me importei. Eu achei ue poderia trancar a porta que levava ao mundo e hibernar até o fim dos tempos.
 Mas as coisas estavam diferentes. Eu via todos aqueles rosos ao fechar os olhos e ouvia suas adoradas vozes chamarem pelo meu nome. E seus adorados sorrisos brilhando no escuro daquele crepúsculo boreal, enfurnado num quarto de inverno.
Me enterrei nos lenois afim de me proteger daquela sombra duvidosa que visitou o quarto de madrugada. Minha garganta griou de sede e eu me ví sufocada e paralisada por todas aquelas mechas negras, morenas, alouradas e atéas ruivas. Até as chamas me faziam falta.
 Já havia se passado o momento de respirar. Já se esgotara o tempo de retiro e a necessidade vinha desesperadora dessa vez. Parecia-me que a cada segundo que eu passava deitada era maisum quilômetro de distanciação daquilo que me é tão impotante e vital.
Também era chegada a hora de retomar os fatos e lavar a roupa suja com meu anjo caído. Afinal, essa dor toda era mais forte que o calor. Era e é saudade de meus tão caros  amigos.

 

Valeu, titio Osama

Hoje eu planejava cometer um ataque terrorista durante um vôo internacional.
 Origem:Alemanha.
 Destino:Brasil.
 Duração:Por volta de doze horas.
Porém, veja você, meu plano foi frustrado quando, durante o procedimento de alfândega, meu canivete foi identificado por uma máquina de raio-x e depositado nos achados e perdidos até um resgate apropriado seja disponibilizado.
Como tal ocorrência só seria possível dentro de 360 dias, tomei qa decisão de providenciar um novo canivete e deixar por conta do acaso o desino do antigo.
Fico imaginando as diferentes ficguras que poderiam vir a tomar posse desse meu velho companheiro de guerra. Passo a juntar minhas economias afim de conseguir um novo.E, acima de tudo, começo logo a bolar mu próximo plano terrorista, protagonizado por u perigosíssimo canivete uma terrível garota de gênio maligno e intenções óbviamente maquiavélicas.
O mundo devia tremer.

Birra

 É meio que burrice. Se você pensar de uma certa forma é só desperdício de água. Afinal, de que adianta? Ah, de muita coisa!!! Não deixa de ser babogem, mas abrir a torneira no máximo e deixar a água explodir pelos tubos é um jeito de fazer a raiva se esvair pelo ralo. 
 Às vezes nem isso. É só um descontrole de raiva, uma ira extravasada. Só m jeito de explodir quando não se pode dizer um pio.
 É a forma econtrada de gritar com a voz da água furiosa que jorra pela torneira. Melhor ra fora do que pra dentro. Senão, você implode. E ai fudeu.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Olhe por outro lado

Olhe por outro lado. Cruze a ponte até a feira. Compre uma maçã caramelada e de três pulinhos enquanto solta gritinhos. Porque você pode comer aquilo, sem se preocupar com os dentes ou com o valor calórico.  Fique passeando por entre as lojas, pelo simples prazer de poder estar ao lado de pessoas sem precisar de fato lidar com elas ou entende-las . Volte pela ponte e, sem hesitar, pule no laguinho. De roupa e tudo. Grite bem alto. Diga UHU! Como quando você tinha dez anos e via filmes de luta onde todos faziam muito barulho.
Volte pra floresta. Corra entre as árvores, fingindo que é mais veloz que todo o mundo. Deixe os espinhos cravarem nos seus pés e nem ligue. Veja fadas. Siga-as até suas casas e tome chá com elas. Fale com as bruxas e bole planos malignos com elas. Envenene aquela princesa besta das histórias fuleiras dos livros de cinco reais. Ponha um pouco de verdade na sopa dela. Sorria ao vê-la morrer lentamente.
Pule corda com os filhos dos lenhadores. Aceite ir lanchar na casa deles. Vá pra ponte de novo. Pare na metade. Suba no parapeito e fique andando de um lado ao outro lá e cima. Cante uma canção junto com o ceguinho da vitrola. Faça as pedras quicarem no rio mais de três vezes. Sente no banco da praça com um sanduíche de queijo e fique lá comendo e olhando as pessoas passarem, imaginando os problemas na cabeça delas.
Vista o casaco quando ficar frio. Pule numa poça só pra molhar os sapatos da perua que passou com um poodle na bolsa. Saia correndo quando ela brigar com você. Compre um peixinho dourado na loja de animais e jogue ele no rio. Mesmo sabendo que ele vai morrer sem saber procurar comida sozinho. Só pra ele sentir a textura de um rio de verdade nas escamas. Só pra ele não passar o resto da vida em um aquário de água artificial. Só para ele viver de verdade, mesmo que viva menos. Porque, olhando por esse lado, soa muito melhor.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

The Rest


If I could die today
Not a soul would miss me, no
If I could die today
Painless, shameless tired of rests

Just close my eyes and feel the wind
Leave the world the way it’s been

If I could do something
But I can’t help it anyhow
IF i could do something, but
I’m numb and dumb and all that shit

Untie my hands and touch the Sky
Stop the drugs and still feel high

But do you think we could close our eyes
And sleep for the resto of our lifes?
Just wash it out, let the time blow it away
But i’m not feeling any younger everyday

Hey, Oh!


Eu sinto falta daquele cheiro. Daquela sensação de que tudo está onde deveria. Ver que nada excede nem falta. O vento gelado batendo no rosto, a comida estranha e todo aquele branco que se deixa pra trás.
Sinto falta do suco de laranja quente, da floreta em volta da casa e da maneira com que toda a minha vida neste lugar escaldante simplesmente desapareceu. Nada mais importava além de ficar lá no meio de todo aquele nada.
Aquele dia de noite, deitada nos restos de grama, de olhos fechados e nada mais. Eu entendi que conseguiria passar até mais de seis meses longe de tudo. Só para estar lá. Porque fazia sentido. Nada doía tanto: nem meu coração apertado, nem meus pés calejados. Não haviam castelos de areia, nem notas de vinte, nem reis com o sol na barriga.
Ignorava os gritos que chamavam meu nome para me esquentar, entrar em casa. Eu estava de jeans e All-Star, correndo na neve, sem sentir frio. Querendo estar lá para sempre e me afundar no gelo até o resto dos meus dias.
Eu era o corvo negro na imensidão  branca. A falha na matrix. Era o pedaço perdido do grande quebra-cabeças.

Last Christmas


Last Christmas
I was far away
Playing with the snow
Above my feet

Never forgot
Thoes lights around us
Making me laugh of
What you did

Oh, last christmas we were high
Up on the stars
Oh, last chrismas I Just wanted
To go with you
Last christmas we Just wanted all the truth

Last sunday
We were close again
Watching movies
Sitting on your couch

Come back here
I Will mess your hair
Andy ou will say thoes
Things you used to say

Oh, last sunday we were high
Up on the stars
Oh, last sunday i Just couldn’t
Believe in you
Last sunday I Just wanted it to be true 

Nove Horas

AURORA inquietou-se. Ergueu o dedo na direção da lua, piscou um olho de cada vez e viu que eles estavam 2 minutos atrasados. “Será que não percebem que só temos uns poucos minutos por semana?” – enfureceu-se. Cada segundo custava a chegar e os minutos-mortos-da-meia-noite não iriam durar muito mais. Ás vezes, com o poder dos três, conseguiam prolongar por meia hora. Mas eles nunca chegavam a tempo e ela tinha de fazer a magia sozinha.

Um vulto se aproximou e cumprimentou-a com uma língua prateada: era MEIO-DIA. Como sempre, alto, alvo e resplandecente. Ela segurou as vestes brancas e fez uma reverência . “AURORA de SEGUNDA-FEIRA dá as honras a MEIO-DIA de SEGUNDA-FEIRA.” Ele repetiu a reverência com a mão cruzada sobre o ombro esquerdo e saudou-a. “ MEIO-DIA de SEGUNDA-FEIRA dá as honras a AURORA de SEGUNDA-FEIRA.”
“Onde está CREPÚSCULO?” indagou ela.
“Já ia lhe perguntar a mesma coisa. Por que ele ainda não está aqui? – retrucou.
AURORA soltou um resmungo. “E por acaso algum de vocês chega em tempo? Como sempre, tive de enfeitiçar a lua sozinha.”
“Eu tive..Hmmm... Uns contratempos com SEGUNDA-FEIRA.” – desculpou-se MEIO-DIA. – “Quer dizer então que só temos 10 minutos hoje?”
“Na verdade, oito. Você está 2 minutos atrasado.” – lembrou ela.
Ambos cruzaram as mãos atrás das costas e olharam para os próprios pés. AURORA evitava olhar nos olhos dele por saber que o que encontraria: a mesma vergonha que habitava os seus próprios.”Ele não vai aparecer hoje, não é mesmo?” – indagou ela, quebrando o silêncio constrangedor.
“Creio que não. Ele tinha ido procurar CHÁ DAS NOVE para que ela o ajudasse com os ferimentos .” – respondeu MEIO-DIA, ainda cabisbaixo. “Não disse se viria, mas acho meio óbvio que não. É natural que ele não queira nos ver face-a-face por algum tempo.”
“Perdoem-me o atraso,” – disse a língua negra de CREPÚSCULO. Fez-se silêncio. AURORA e MEIO-DIA olharam perplexos para as duas formas que se aproximavam. “CREPÚSCULO e NOVE HORAS de SEGUNDA-FEIRA dão as honras a AURORA e MEIO-DIA de SEGUNDA-FEIRA.