Fada Rosa descia o rio
Em sua folha de amendoeira
De uma ondinha quase caiu
Em meio à corredeira
Sentada em um banquinho
Feito de prata e fios de ouro
Bebia em pequenos golinhos
Seu chá de folhas de louro
“Desce daí, sua fada matreira!
Vem pra cá, fada atrapalhada!
Vê se sai dessa corredeira
Senão fica toda molhada!”
Mas a metida nem ouviu
A pequena nem ligou
Continuou boiando no rio
Onde meu grito ecoou
“É melhor me escutar
E atender ao meu chamado
Repito: vais se molhar
Nesse rio ensolarado.”
Sentenciou de seu altar
A criaturinha garbosa
“Não se pode incomodar
Uma pequena fada rosa!”
Deixei-a seguir sua jornada
Tomando o seu chazinho
“Na certa morre afogada
Ou devora-lhe um pardinho."
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