Y se fué todo a la mierda.
Meus planos, meus pobres enganos... Meus vinte anos de opressões guardadas e ilusões e martírios: por que não comigo? Por que fico batendo de cabeça contra um antro que não me quer, me diminui... Me vê como musa parcialmente incapacitada. Me sinto mesmo é fracassada.
Como é que um elogio se torna a por das ofensas? Como pode conter em sí um direcionamento velado, esse cortejo aparentemente tão nobre? E eu que queria tanto ser bonita, agora odeio meu nome, me rasgo o rosto pelos olhos abaixo. Duvido de meus esforços e rio de minhas aspirações.
Afundo em meu peito as cinzas do cigarro do fracasso - orgânico, hein? Mas de que importa? Não serve minha garganta pra cantar? - QUEIMO. Não servem meus pulmões pra soprar? - TORRO. Não servem pra tocar esses meus artríticos dedos? - AGARRO com eles um novo cigarro e meto bronca.
E que desça rasgando. E que a porra do porro seque tanto tudo ao ponto de que já nem tenha lágrimas pra chorar por esse futuro que nunca foi (nem nunca será).
Será? BASTA DE ESPERANÇA. Para mim agora tem que bastar uma verborragia que tira do peito os sentimentos e joga no papel de qualquer jeito, que me deixa zonza e vazia, insone, de olhos abertos no escuro. Sem medo, sem amor... Vazios.
Luz dos olhos se esmaecendo, tremulando. E se o amor só é bom se doer... Bom, bom. Não sinto amor, nem medo, nem dor. Só sinto fome. Pergunte ao meu orixá, se não me crê. O amor só é bom se doer. E eu não sinto amor, nem medo, nem dor.
Eu sinto fome. Com nome e sobrenmome. Começa com A e termina com E. Começa com R e termina com A. Você tem fome de quê? Já lembrou do que é?
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