sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Antes e Depois do Casamento Chinês

Porra. Queria saber como começar isso aqui. Porra. Na verdade mesmo eu queria saber falar isso com a boca, frente a frente... Mas pessoalmente só consigo falar com os olhos e eles andam muito sinceros, confusos demais para conseguir comunicar de fora clara. Perdidos no emaranhado de verdade dissonantes que mora em mim. Porra. Na verdade eu não sei qual das duas opções é mais patética. Deixa pra lá, eu preciso levar as coisas menos a sério se quiser ser mais feliz. 
     O ponto é que eu gosto de você. Gosto do jeito que você preferir entender, pouco me importa: são todos verdadeiros. Gosto desde que te vi pela primeira vez. Porra. Não queria que isso soasse tão dramático na cena que imaginei pra nós dois. Tem toda essa coisa de final de festa que deixa as coisas um pouco mais chorosas. Resumindo: queria ter feito isso antes, mas sou idiota, otária mesmo. Foda-se.
     Minha memória não é tão boa, mas eu lembro de muita coisa. Se a sua for tão boa quanto diz ser, vai se lembrar também. 


(...)

Mas talvez o problema não seja memória. E não foi. Assim como o problema não são os substantivos desse texto, mas seu tempo. Sempre errado e desajustado.
Comecei no futuro, terminei no passado.

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