sexta-feira, 8 de junho de 2012

Succubus

     Por sua causa eu deixaria de beber, nunca mais botaria um cigarro na boca ou mesmo uma lâmina na pele. Eu tomaria sol pra suprir as deficiências de vitamina e parava com o Panax, porque teria toda a energia que preciso da alegria de te ver. Desistiria do inferno. Me embebedaria todo dia apenas com o oceano dos seus olhos e só encheria meus pulmões com o veneno da sua respiração
     Os jogos de sedução perderiam toda a graça e sua crueldade teria fim, pois meus Succubus estariam satisfeitos, ninando ao som da tua voz. E o cheiro. Sempre. Aquele cheiro, o seu cheiro, o nosso cheiro; um feromônio melhor do que qualquer perfume que eu pudesse comprar ou tomar ou engolir ou mesmo quebrar no chão, de raiva
     De raiva porque, não! Meus demônios estão soltos e transbordam por meus poros, enlouquecidos. Da boca pinga o vermelho do batom e esgueira-se pelo canto todo o charme de um sorriso de desdém. Saio no meu cavalo negro, por aí, na noitada. Me acabando de rir e cheirando a desejo, sugo o sangue dos meninos... E das meninas que eu vejo.

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