segunda-feira, 23 de maio de 2011

Wales and Wishes

O que eu quero. Por que ninguém me pergunta o que EU quero?
Eu quero morrer. Quero parar de sentir essa ferroada metálica toda vez que eu respiro. Eu quero tirar essas toneladas de orgulho do meu peito  e tirar o embolorado de coisas por dizer da minha garganta. Eu queria dormir pra sempre e não pensar nunca mais.
Eu queria rasgar todos os papéis do mundo, eu queria que você não tivesse me dito o que me disse agora de tarde e, acima de tudo, eu queria não ser uma boa memória.
Melhor! Eu queria que VOCE não quisesse que eu fosse só uma memória. Memórias me deixam enjoada. Eu queria tudo e nada, pendendo pro não sei no mesmo segundo. Porque tudo agora é pura inércia, mas podia não ser.Porque meu orgulho pode até ser um tigre, mas seria só pó se.......................... Se as pessoas me perguntassem o que eu quero.
Porque, de verdade, o que eu quero mesmo? Eu quero que você me diga que me ama e que não vive sem mim. Eu quero flores, uma carta de amor, um desenho, QUALQUER COISA! Eu quero que você lute por mim, chore por mim, venha atrás de mim. Eu quero que você não me deixe desvencilhar a mão. Eu quero que você me diga mais uma vez: BUILD ME UP, BUTTERCUP.
E só.
É simples, bom e eficiente.
Eu quero que você leia isso.
Eu quero que você entenda e entenda que não importa.
Porque eu realmente, REALMENTE. Não sou nem quero ser uma boa memória.

Simplesmente não levo jeito pra coisa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cumulus Nimbus


O ar lá fora está com um cheiro melancólico. Tempestade vindo por aí. Meu coração me diz que esta calmaria sufocante está para irromper em trovoadas e ventanias. E, pouco a pouco, as nuvens vão se  acumulando em volta da minha cabeça em um redemoinho lento e gradual.
Tempestade vindo por aí. O ritmo das minhas artérias não se deixa enganar pelo sol-de-tolo que desponta bem na frente da fuça. Não, meu pulso acelera a qualquer ruído porque pode vê-las, negras e cinzentas, amontoando-se em algum ponto cego do horizonte.
Sempre ouvi meu pai dizer que quando está abafado demais é porque vai chover. Ele nunca errou, mesmo sem ter nenhuma prova pra mostrar. Por isso...
Tempestade vindo por aí. O tempo bom pode enganar as alminhas felizes que trafegam na superfície, mas não esta. Não estes olhos melancólicos que sentem a treta antes mesmo do abrir das pálpebras.
Eu digo, repito e afirmo:

“Tempestade vindo por aí.”

Elefante?

O que foi que eu vi esta manhã? Por um momento, ou talvez mais que isso, eu voltei àqueles  primeiros meses. Seria só um efeito da luz? Não, a luz não conseguiria fazer a seda cor de trigo voltar a ondular com o vento sobre seu rosto. Que será que arrancou aquele ar francês artificial que se forçava no seu jeito de ser desde que...?
Será que as teorias conspiratórias realmente faziam sentido e sua alma estava sendo sugada pouco a pouco pela sombra que lhe seguia? POR QUE NAO? Afinal, depois da solidão seus olhos opacos voltaram a brilhar e a antiga aura mágica voltou, aos poucos, a te rodear.
Se tudo isso for alucinação, então eu sou mesmo doida.