Como as notas de uma melodia que no início não fazem sentido, mas depois começam a soar familiares.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
V de Começo
Eu errei. A palavra que eu queria dizer em francês não era luxúria. Não é desejo, somente, não é a necessidade que passa com um orgasmo e alguns suspiros. É só que eu adoro tudo a seu respeito, mesmo os seus silêncios quando pensa em vôos rasantes e penas de pássaros. Sabe, eu podia ser uma quimera e voar ao seu lado. Pelo começo do pensamento que me trouxe aqui, eu amo o seu pai. Amo sua irmã e até os seus irmãos que não conheço. Amo seu tio e até sua mãe e seus avós. Adoro sua casa, sua guitarra e seu estalar de dedos. Não gosto dos seus amigos, mas amo-nos porque são seus. Gosto dos seus ossos e de todas as outras coisas que sempre comento e que você já sabe. A pele, a boca, os olhos, as mãos, o sinal, os cabelos, o olhar de criança que foi pega roubando um biscoito. Eu amaria estar nua com você, fazer sexo e amor a noite toda, até amanhecer, até não aguentar mais. Eu adoraria ser sua, toda sua, só sua, em qualquer lugar. Eu gostaria do meu jeito desengonçado se ele te fizesse me notar. Eu gostaria dos meus poemas se eles te tocassem. Eu adoraria meu cabelo, ombros e pernas se te dessem vontade de ME tocar. E sim, eu acho que me amaria se você me amasse. E te amaria ainda mais por me amar. Eu amaria minha boca se você a beijasse com a sua e amaria meu cheiro se ele se misturasse com o seu, numa confusão de hormônios e feromônios e suor. Eu provavelmente nem sei ainda o que é amor, mas acho que ninguém sabe direito.. Amo, amo, amo você e o homem velho do seu sobrenome. Vem comigo que eu te ensino o melhor jeito que eu conheço de voar. Não, não faz mal chamar isso aqui de amor, principalmente se eu disser em francês.
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