segunda-feira, 13 de junho de 2011

Smell the Light


Gimme speed
Like electrons in a storm
Cut the sky when i get born
Once more

Close your eyes
And touch the brand new lies
Look for answers with no clue
And feel blue

Smell the light
Feels like electricityscape
‘Cause the sun is in aquarious
The Sky ain’t got no shape

It’s like beating light speed
Once again
What’s supposed to happen
In my brain?

Gimme rage
Make me lion in my cage
Put your selfishness in your ass
I’m not stressed

Got a choice
Like a small rock on your way
And i didn’t make mistakes
But i’ll pay

Smell the light
Feels like electricityscape
‘Cause the sun is in aquarious
The  sky ain’t got no shape

It’s like beating light speed
In my brain
What’s supposed to happen
Once again?

500 days of winter

     O tempo está se arrastando e nunca passa um segundo sequer. Todas aquelas coisas sem sentido brotam de suas tocas e as flores congelam em um inverno fora de hora, esperando o verão. Mas se o tempo congelar por inteiro também, será que agosto vai passar e dar lugar á primavera dos meus olhos?
     Afinal de contas, não faz nem uma semana que era domingo e anos inteiros se passaram desde então. Será que você pode me ouvir? Me ouvir gritando? Para onde foi aquele sentimento de que se eu cantasse alto o bastante você cantaria de volta pra mim? Me responda, você cantaria? Você está cantando?
     Porque, alem do bater do seu coração e do calor dos seus olhos, agora longe demais, só sua voz poderia derreter o gelo que cobre os ponteiros das horas. E a culpa nem mesmo é minha. Mas enquanto você não cantar, o tempo continuará amortecido, o verão continuará dormindo e eu continuarei esperando. In your honor.

Sintomas de Hifas


“Shitaki” dizia o pacotinho. Terence rasgou com os dentes e espalhou o pozinho em cima do macarrão instantâneo. Provou. Não era como comer cogumelo de verdade, mas era bom. Muito bom, aliás. Deu outra garfada.Todos na família tinham aquela estranha alergia a cogumelos. A mãe sempre lhe disse para não contar pra ninguém, afinal, que sintomas esquisitos! Pelo que se lembrava, as pontas dos dedos brilhavam, os olhos lacrimejavam e o peito se enchia de alguma coisa inexplicável. Parecia querer sufocá-la.
Mas ela nunca comia shitaki, nem champignon nem funghi. Não podia. A mãe lhe contara histórias suficientes para convencer-lhe de que não valia á pena. Terminou. Raspou o molho o máximo que pode raspar com um garfo em mãos. Levou o prato até a pia com um suspiro.A verdade é que Terence amava cogumelos. Aqueles pozinhos artificiais serviam apenas para saciar a gritante necessidade da garota por esses pequenos seres misteriosos. Encantavam-lhe seu sabor, suas cores, suas pintinhas... Tudo.
Embaixo da cama, Terence tinha escondida uma caixinha furada e cheia de terra, com uma pequena coleção mitológica particular que ela cuidava com todo o carinho. Tocando só com luvas, é claro, ela os estudava, manipulava e pesquisava para descobrir a fonte de sua alergia ou mesmo qualquer registro do seu caso específico. Mas em vão; nenhum nome, nada.Algo soava estranho, mas no fim das contas ela se conformava em ter sua hortinha secreta.
Naquela noite ela escovou os dentes e, antes de dormir, deu uma olhada em seus “bebezinhos”. O champignon, Mike, estava com uma cara estranha, como se estivesse embranquecendo mais ainda. Sim, ela dava nomes aos cogumelo e, sim de novo, para ela eles tinham uma “cara”. Mas ela atribuiu a impressão ao sono e enfiou-se debaixo das cobertas. Dormiu imediatamente.