segunda-feira, 8 de junho de 2015

Inaura

Esperei muitas coisas de você nas últimas semanas...

Imaturidade, confusão, um beijo, falta de vontade, uma resposta que nunca veio, um copo d'água... Só não esperava falta de respeito.

Tá certo que eu não deveria ter esperado nada disso, já que você nem nada me deve. Mas acho que você sabe que, às vezes, não é questão de escolha.

Acho (achei), também,  que você sabe (sabia) o quão angustiante é ser uma sala de espera. Fria. Vazia. Agoniada. E de todas as coisas que esperei sem ter direito, a única que eu tinha - já que é direito e necessidade inerente a quase todo ser humano - logo essa é que mais faltou.

Isso aqui... Não é uma bronca (deus me livre!). Não é tampouco um pedido, um desejo, nem uma espera (não mais). Só precisava, uma vez mais, dizer (escrever) o que eu sinto. É mais por mim mesma, pelo meu sossego, do que por qualquer outra coisa.

Na verdade isso pode acabar sendo um agradecimento. O vazio e o frio, dignos de um consultório de dentista, me lembraram o quão perigosamente infinitos podem se tornar uns poucos 9 dias; o quão desgastante, inútil e perigosamente eterno pode ser esperar por quem não faz questão de você. 

Te saúdo,

                        Evoé!