Eis que era um conto de fadas e a mocinha já estava apaixonada pelo príncipe. Depois de armar zilhões de encontros escondidos a fada-madrinha agora costurava o vestido do baile do dia seguinte com suas agulhas encantadas. A futura princesa deveria usar uma fantasia e, se o mocinho a beijasse mesmo sem reconhecê-la, (sabe-se lá por quê)essa seria a verdadeira prova de amor e blá blá blá.
Um vestido de espuma do mar com orvalho da alvorada deixaria a menina totalmente irresistível. A fada-madrinha suspirou, sua mente nunca estivera tão confusa em toda a longa vida. “Será mesmo possível?” Terminou o vestido, combinando com um par de sapatos prateados. Estendeu-o na escrivaninha e pôs-se na janela, queixo apoiado nas mãos.
* Suspiro *
Pois sim. A fada madrinha suspirava e pensava no príncipe. Mas não no que poderia fazer para juntá-lo com Marina, a fada pensava no príncipe de maneira totalmente inapropriada. Não é como as coisas deviam acontecer, não era para seu coração bater daquela forma, pelos deuses! Não por um humano, não pelo príncipe da SUA menininha. A fada-madrinha sentou no chão encostada na parede, finalmente entendendo a necessidade de uma garrafa de wisky.